Com certeza você já ouviu alguma vez na sua vida alguém
soltar a seguinte frase: “estou trocando o dia pela noite!”, ouviu, ou não
ouviu? Pois bem, agora eu te digo que o processo contrário, soa muito melhor
aos meus ouvidos. Sim! Estou trocando a noite pelo dia, o que não é muito recente,
já que faz quase seis meses que deixei meu emprego.
Quem me conhece sabe
que fui garçonete em um pub juizforano por sete anos, uma das melhores coisas
que já me aconteceram e que me transformaram em quem eu sou hoje.
Trabalhar na noite me possibilitou, entre outras coisas,
conhecer pessoas de diversas idades, estilos,
culturas, e caráter diferentes, além de bebidas, amigos, situações e amores que vou guardar pelo resto
da vida.
Estudei, viajei, comprei (na medida do possível) todos os
mimos e roupinhas que eu ando usando por aí e fui muito feliz, mas chega uma
hora em que nosso relóginho biológico fala mais alto, e depois de ver tantas
gerações passando diante dos meus olhos, “resolvi mudar e fazer tudo o que queria
fazer”, como diria Rita Lee.
Trabalhar na noite é legal, porque te permite ter outras
atividades durante o dia, como fazer uma faculdade, um curso de inglês,
malhar...essas coisas, mas por outro lado, muitas vezes você fica chupando dedo enquanto seus amigos vão a uma formatura,
aniversário, viagem, ou simplesmente combinam de assistir Game of Thrones na
casa de um deles. E isso é chato! E como é.
Além disso, se o cupido fez o favor de flechar o seu
coração, cuidado meu amigo, porque não é qualquer um que suporta o fato de não
poder ir a todos os programinhas de sábado à noite citados acima. Felizmente o meu, até onde eu
sei, suportou, e com muito bom humor. A gente se virava para manter a vida
social em dia e o trabalho também. E
agradeço muito a ele por isso. Foram quase dois anos nessa maratona (te amo,
amor ...rs).
O que quero dizer é que apesar de todos os prós e contras,
vale a pena passar por tudo isso se você tem um objetivo, e por mais que o meu ainda esteja um pouquinho distante, mas
não tanto, estou me sentindo muito feliz em acordar às 6h com um sol lindo na
minha janela, indo malhar, e aí sim, começando a trabalhar. Ainda por cima, esse
sol ainda me espera para se despedir quando saio.
Tenho os fins de semanas livres e não passei um dia sequer
destes em casa de pijama, pelo contrário, ás vezes até recuso convites. Tinha
muito medo no início, mas hoje posso dizer que trocar o a irmã lua, pelo irmão
sol, foi a melhor coisa que eu fiz!