quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Por que devemos escolher entre ser feliz ou ter razão?



Não sei se já contei para vocês que sou espírita kardecista uma doutrina que me deu muitas respostas e que ainda me intriga bastante. Quando era criança minha mãe me levava para a evangelização (como é chamada a escolinha das crianças) enquanto ela assistia às palestras. Sempre fiquei curiosa sobre o que aconteceria naquele salão onde as luzes brancas se apagavam e acendiam-se alguma vermelhas.

Quando completei idade e maturidade suficientes comecei a freqüentar as chamadas palestras públicas, geralmente nas segundas-feiras e hoje em dia vou pelo menos uma vez na semana em dias alternados.

Bem, fiz toda essa introdução para falar de um assunto abordado na palestra desta semana, “Ser feliz ou ter razão?”. O assunto rendeu tanto que o orador extrapolou o horário, não só pela quantidade de reflexões que o tema propõe, mas também pelo número de exemplos que ele citou no dia-a-dia nas relações entre casais, pais, amigos e familiares em geral.

O ser humano tende a tentar sobrepor-se sobre o outro, em português claro, quer sair por cima. Isso ocorre nos mais diversos tipos de convivência. Volta e meia estamos jogando algo na cara de alguém, cutucando uma ferida, lembrando um deslize do passado ou soltando aquela frase infame: “Bem que eu te avisei!”.



De onde será que vem essa necessidade de provar para o outro que ele está errado e nós estamos certos? Se, sendo pessoas tão diferentes, nascidas e criadas em lares diferentes, escolas, bairros, e sofrendo diversas influências. Por que desejar que o outro que veio de uma origem tão distinta da nossa pense e haja como nós?

Vejo muitos relacionamentos se desfazendo quando casais ou amigos que tentaram mudar o outro e sem sucesso preferem abandonar o barco.



Sofremos por esperar demais do outro, projetar neles as nossas vontades e ideais de felicidade, mas esquecemos que a nossa felicidade depende só e unicamente de nós mesmo, e de mais ninguém.




E se depois disso tudo você ainda achar que precisa dar a última palavra para sentir-se feliz, desculpa meu amigo, mas eu concordo em discordar de você e acredito que você acabará sozinho.  

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