Não sei se já
contei para vocês que sou espírita kardecista uma doutrina que me deu muitas
respostas e que ainda me intriga bastante. Quando era criança minha mãe me
levava para a evangelização (como é chamada a escolinha das crianças) enquanto
ela assistia às palestras. Sempre fiquei curiosa sobre o que aconteceria
naquele salão onde as luzes brancas se apagavam e acendiam-se alguma vermelhas.
Quando completei
idade e maturidade suficientes comecei a freqüentar as chamadas palestras
públicas, geralmente nas segundas-feiras e hoje em dia vou pelo menos uma vez
na semana em dias alternados.
Bem, fiz toda
essa introdução para falar de um assunto abordado na palestra desta semana, “Ser
feliz ou ter razão?”. O assunto rendeu tanto que o orador extrapolou o horário,
não só pela quantidade de reflexões que o tema propõe, mas também pelo número
de exemplos que ele citou no dia-a-dia nas relações entre casais, pais, amigos
e familiares em geral.
O ser humano tende
a tentar sobrepor-se sobre o outro, em português claro, quer sair por cima. Isso
ocorre nos mais diversos tipos de convivência. Volta e meia estamos jogando
algo na cara de alguém, cutucando uma ferida, lembrando um deslize do passado ou
soltando aquela frase infame: “Bem que eu te avisei!”.
De onde será
que vem essa necessidade de provar para o outro que ele está errado e nós
estamos certos? Se, sendo pessoas tão diferentes, nascidas e criadas em lares
diferentes, escolas, bairros, e sofrendo diversas influências. Por que desejar
que o outro que veio de uma origem tão distinta da nossa pense e haja como nós?
Vejo muitos
relacionamentos se desfazendo quando casais ou amigos que tentaram mudar o
outro e sem sucesso preferem abandonar o barco.
Sofremos por
esperar demais do outro, projetar neles as nossas vontades e ideais de
felicidade, mas esquecemos que a nossa felicidade depende só e unicamente de nós
mesmo, e de mais ninguém.
E se depois disso
tudo você ainda achar que precisa dar a última palavra para sentir-se feliz,
desculpa meu amigo, mas eu concordo em discordar de você e acredito que você
acabará sozinho.
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