sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Olhar para o lado


Hoje é sexta-feira, 25 de setembro, e me deu vontade de falar de três coisas que marcaram muito essa semana.



A primeira foi a morte de um colega de faculdade, o Israel dos Santos, mais conhecido como "BONECÃO". Cheguei na aula terça e assim que soube da notícia, não pensei duas vezes, quis ir até o enterro prestar minha homenagem e solidariedade à família.
A morte foi durante a formatura de uma amigo dele e diagnosticada como enfarto. Ele teria presenciado uma briga entre esse amigo e outros garotos, ficou muito nervoso e o seu coração não aguentou.

Uma morte súbita e inesperada. E isso me fez pensar em como a vida é efêmera e no meu medo de não aproveitá-la como deveria.


O segundo fato que me deixou de boca aberta foi ontem, quinta-feira, durante uma cobertura aqui pela Agência de Jornalismo da Estácio.
Fui encarregada de ir até a UBS (Unidade Básica de Saúde) do bairro Santo Antônio, para fazer uma seleção de alguns pacientes que irão participar de um documentário de Fisioterapia, que mostra como é o trabalho dos alunos que prestam atendimento à população nos bairros de Juiz de Fora.

Durante a visita ao bairro conheci a história do Fernando Lima, um homem de 44 anos, que está preso a uma cama. A história é longa, mas resumindo, ele bebia muito, e um dia caiu, e nunca mais recuperou os movimentos dos membros inferiores. Quem cuida dele é a irmã, já faz nove anos.

O que mais me tocou, foi a maneira como o Fernando encara a vida. Ele tem um humor invejável, fala e brinca o tempo todo, é súper irreverente. Em todo o tempo em que estive em sua casa, não consegui olhar com ele com olhos de pena, mas sim de adimiração.

Como uma pessoa que passa todo o tempo em cima de uma cama, e em frente à TV, consegue ser tão bem humorado, e eu acordo na maioria das manhãs bufando e reclamando das coisas?

Bem, acho que essa resposta eu vou ter na medida em que for conhecendo-o nas próximas vezes que for a sua casa.


E por último, mas não menos importante, essa frase é bem clichê, néh! Mas e daí?

Hoje durante a aula, uma amiga voltou do banheiro dizendo que o mesmo, estava impossível de ser usado, e que a "moça da limpesa" (que eu chamo de tia - todas elas), estava penando para limpar a "caquinha" deixada por alguma senhorita da renomada instituição de ensino.

É outra pergunta que me faço, como alguém pode não pensar que não é nada bonito sujar todo o banheiro, e quie alguém vai ter que se HUMILHAR para limpar aquilo?


O ser humano vive me surpreendendo, seja positiva, ou negativamente. Eu preferia que fosse sempre de maneira positiva, mas infelismente, esse não seria o mundo real em que eu nasci e vivo.

Até a próxima! E descanse em paz BONECÃO.

Um comentário:

  1. Precisamos tomar essas vidas como exemplo de superação e parar de ficar reclamando de coisas mínimas porque nós temos coisas mais importantes pra nos preocuparmos.

    Marco Damaceno

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